Espírito no Edifício Pirapama, na Avenida Conde da Boa Vista!

Na esquina da Avenida Conde da Boa Vista com a Rua do Hospício, há um prédio erguido nos meados do século XX - por volta de 1956 - chamado de Edifício Pirapama. Um casal de recém-casados acabou alugando um apartamento do décimo primeiro andar, para iniciarem ali a vida a dois. Foi exatamente neste período que eles acabaram presenciando fenômenos misteriosos dentro do kitnet.


O início de tudo se deu a partir de alguns objetos que acabaram mudando de lugar. Isso pôde ser notado quando eles, praticamente no mesmo horário, chegavam do trabalho. Utensílios deixados em cima da mesa da sala sumiam, sem que ninguém pudesse explicar. Ambos garantem que, quando alugaram o apartamento, uma das primeiras precauções que tiveram foi trocar a fechadura. Isso garantia que nem o proprietário nem um antigo inquilino pudesse ter acesso ao local. Mas, eles não contavam com um ser do outro mundo que habitava o local.

O kitnet era composto por uma sala, uma cozinha, banheiro social e um quarto. Uma das paredes da sala a separava do quarto. Coincidentemente, nessa mesma parede, na parte da sala, se apresentava um gancho de rede. Como nenhum dos dois dispensavam bons momentos de descanso em uma rede, ela também se fazia presente. Porém, quando não era usada, permanecia enrolada e suspensa por apenas um gancho para que pudesse abrir passagem na sala.

Enigmaticamente, em uma noite aparentemente tranquila, quando o casal conversava deitados na cama antes de dormir, o ranger de uma rede balançando pôde ser ouvida nitidamente através da parede. Não havia dúvidas. Pela altura do som, a rede que estava sendo balançada vinha da sala daquele kitnet. O marido, não querendo demonstrar medo à sua amada, tratou logo de ir verificar o movimento daquele utensílio. E qual não foi a sua surpresa quando detectou que a rede estava recolhida no gancho?! Voltou prontamente para a cama, mas o barulho não cessou.

Outro noite apavorante ocorreu quando a esposa acabou chegando antes do marido, também de noite. Abriu normalmente a porta e, antes de acender a luz da sala, ouviu barulhos das panelas na dispensa da cozinha se mexendo. Instantaneamente, identificou que o marido ainda não tinha chegado, fechou a porta e, tremendo, foi buscar ajuda da vizinha da frente, como se a mesma pudesse expulsar aquela entidade de lá.

Por fim, resolveram se mudar do local. Foram morar em um outro edifício, na mesma avenida. Só assim, os fenômenos paralisaram.