SEPULTADO VIVO (1990) E O HORROR REAL em Garanhuns

O medo de ser enterrado vivo é um dos terrores mais antigos da humanidade. A ideia de despertar dentro de um caixão, preso sob a terra, sem ninguém para ouvir seus gritos, já inspirou incontáveis histórias de horror ao longo da história. O cinema, como reflexo dos nossos piores pesadelos, não poderia deixar de explorar essa angústia, e um dos filmes que melhor traduz esse medo é "Sepultado Vivo" (1990), dirigido por Frank Darabont.

Mas e se eu te dissesse que esse pesadelo pode ter acontecido na vida real, aqui mesmo em Pernambuco? Um coveiro de Garanhuns relatou uma história arrepiante que guarda uma sinistra semelhança com o filme. Vamos mergulhar nesse terror sufocante e entender como realidade e ficção se misturam nesse relato aterrador.

O TERROR DE "SEPULTADO VIVO"

Lançado em 1990, "Sepultado Vivo" conta a história de Clint Goodman, um homem traído por sua esposa e seu amante, que tentam assassiná-lo envenenando-o. No entanto, o veneno não o mata, mas o coloca em um estado catatônico, fazendo com que seja declarado morto e enterrado ainda vivo. Quando desperta dentro do caixão, Clint se vê diante de um desafio desesperador: escapar de sua própria tumba.

O filme captura o medo primal do confinamento, da asfixia e da impotência diante da morte. Essa fobia, conhecida como tafefobia, foi um medo real no passado. Durante os séculos XVIII e XIX, diversas pessoas eram enterradas com sinos ligados aos caixões, para que pudessem alertar se estivessem vivas. A expressão "salvo pelo gongo" pode ter origem nessa prática macabra.

O CASO ASSUSTADOR EM GARANHUNS

Se o medo de ser enterrado vivo já assusta na ficção, imagine saber que isso pode ter acontecido na realidade. Um coveiro de Garanhuns, Pernambuco, contou um relato arrepiante que ecoa o terror de "Sepultado Vivo".

Segundo o relato, anos atrás, uma mulher foi enterrada em um cemitério local (Cemitério São Miguel). Seu falecimento foi confirmado por um médico, e o sepultamento ocorreu sem qualquer incidente. No entanto, tempos depois, quando a família decidiu exumar seus restos para transferi-los para um ossuário, algo aterrador foi descoberto: os ossos estavam em uma posição incomum, indicando que ela havia se mexido dentro do caixão.

O corpo, que deveria estar deitado como foi enterrado, parecia estar de lado, como se a mulher tivesse despertado após o sepultamento e tentado escapar desesperadamente. Para muitos, isso foi um indício de que ela foi enterrada viva.

REALIDADE OU LENDAS URBANAS?

Embora casos como esse possam parecer apenas lendas urbanas, há registros históricos de pessoas que foram declaradas mortas por erro médico e enterradas antes do tempo. Em alguns cemitérios antigos, caixões foram encontrados riscados por dentro, sugerindo tentativas desesperadas de fuga.

A medicina moderna reduziu drasticamente esse tipo de erro, mas relatos de pessoas que acordam no necrotério ainda acontecem. A catalepsia, uma condição neurológica que pode deixar alguém em estado de rigidez extrema e sem sinais vitais aparentes, é uma explicação para alguns desses casos.

O MEDO PERMANECE

O medo de ser enterrado vivo continua assombrando o imaginário popular, e histórias como a do filme "Sepultado Vivo" ou o caso de Garanhuns apenas reforçam essa angústia coletiva. O terror não vem apenas do confinamento, mas da ideia de estar consciente, gritando por socorro, enquanto o mundo lá fora já decretou sua morte.

Seja nos filmes ou em relatos assustadores da vida real, o horror dos enterrados vivos persiste, nos lembrando de que, às vezes, os piores pesadelos podem ser reais.

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